Infância interrompida

Durante os programas exibidos pela IURD TV, várias pessoas relatam a transformação de vida alcançada pela fé em Deus. São casais que reencontraram a felicidade, viciados que se libertaram das drogas, criminosos que se regeneraram, enfim, criaturas que foram lavadas espiritualmente pelo poder do Altíssimo.

Porém, o que tem surpreendido a muitos internautas que acompanham constantemente a programação são os relatos corajosos de garotas que foram abusadas durante a infância por amigos, namorados, irmãos, padrastos e até mesmo pelos próprios pais e, apesar do trauma, conseguiram superar as marcas deixadas e, ainda mais, perdoaram os causadores de tanto sofrimento.

Na tarde desta quinta-feira (08), Cristiane Andrade Camacho contou detalhes do abuso sofrido. Direto de São Paulo, no programa do bispo Romualdo Panceiro, ela revelou que aos 5 anos foi abusada por um familiar e que, aos 12, o ato se repetiu, desta feita, pelo namorado da irmã. “Foi muito difícil conseguir aceitar tudo isso, tanto que eu passei a odiar os homens, fazia questão que eles sofressem”, lembra.

Para aumentar ainda mais essa raiva, quando decidiu dar uma chance a um rapaz, teve a confiança traída, fazendo com que surgisse dentro dela interesse por mulheres: “Meu primeiro namorado, de 23 anos, me traiu com o patrão dele. Isso foi muito decepcionante para mim, pois ele era o meu primeiro amor. Fiquei sem chão. Foi quando comecei a usar cocaína, com 17 anos, e ora eu tinha raiva de homem, ora raiva de mulher. Era um vazio tão grande que eu não entendia. Tornei-me viciada em masturbação, pois nem homem e nem mulher me satisfaziam. O meu fundo de poço foi ter me envolvido com swing, chegando ao ponto de me relacionar com 9 mulheres na mesma noite. Por causa dessa vida promíscua que vivia, cheguei até a pensar que estava com Aids”.

“Nesta situação, eu recebi um convite para ir à Igreja Universal. Eu morava com uma mulher, usava até aliança de casada, mas eu não aceitava mais essa vida, sofria com depressão, sentia alguém me seguindo, ouvia vozes me chamando, tinha gastrite, bronquite. A minha vontade era de perder a memória e começar tudo de novo”, desabafa Cristiane.

Ela começou tudo de novo, sim. Mas, para isso não foi preciso perder a memória, bastou apenas uma entrega total de vida ao Senhor Jesus Cristo. “Logo que comecei a frequentar as reuniões da IURD, consegui dormir tranquilamente. Rejeitei o homossexualismo, estava decidida a mudar de vida. Assim que participei da Fogueira Santa, terminei o relacionamento homossexual e o sentimento sumiu. Em 2 meses, me batizei nas águas e, com 5 meses de Igreja, fui batizada no Espírito Santo. Hoje, estou liberta de todos os sentimentos ruins que tinha contra os homens, não sinto mais desejo por mulheres, olho para o meu passado e nem acredito que eu fiz tudo o que fiz. Faz 7 anos que estou livre desse vazio, de todo mal”, conclui.